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História Behind The Secrets - No friendship


Escrita por: featollg

Capítulo 11 - No friendship


- Em uma resposta lógica, talvez?! - Falei com uma ponta de dúvida, para que ele entendesse que era uma pergunta.

Ele suspirou e deu-me um forte beijo na bochecha, fazendo com que eu virasse meu rosto de frente para o dele, que atravessou sua mão em meus cabelos, acariciando-me e beijou meus lábios com intensidade. Pela primeira vez, senti meu coração palpitar disparado com ele, em apenas um beijo. Foi algo estranho, porque há um tempo não sentia isso por alguém. 

Ele quis fugir do assunto, mas eu sabia que ele realmente se importava e não queria assumir. Mesmo adorando estar aqui com ele, tinha que chegar em casa logo, para jantar e esperar a dona Anne chegar.

- Que horas são? - Procurei o celular dele e o meu, e não encontrei nenhum dos dois.

- Quase 22 horas. - Pegou os dois que estavam ao seu lado e me entregou. Como ele pegou o meu celular do meu bolso e eu não percebi? Como duas horas passaram tão rápido assim?  

- Eu preciso ir. Tenho que deixar o jantar pronto e esperá-la chegar. - Descruzei as pernas e guardei meu celular no bolso do shorts.

- Jante aqui, e depois você vai. - Segurou minha mão para que eu não me levantasse e acariciou as costas da mesma com o polegar.

- Já passei muito tempo até iremos nos ver amanhã. - Falei ao me levantar e apoiei com as mãos na parede, já que não enxergava nada. Fui andando devagar até encontrar minha sapatilha e calcei-a novamente.

Ele veio até mim, e segurou minha mão direita com a sua esquerda, guiando-me para sair do quarto. Atravessemos o corredor, que para falar bem a verdade, era enorme.

- Você ainda não conheceu toda a minha casa. - Falou ao descer as escadas ao meu lado.

- Outro dia eu volto para conhecer. - Jason ligou a luz da sala perto da porta, e passou as mãos no cabelo, que estava todo bagunçado.

Fomos até a garagem e peguei minhas chaves. Entrei no meu carro e abaixei os vidros para falar com ele, que apoiou com as mãos na porta e deu-me dois selinhos.

- Boa noite babe. - Falou com a voz suave, ao dar-me um beijo no rosto. Sorri e ele abriu o portão com o controle, para que eu pudesse sair com o carro. Dei ré e logo fui embora de lá. Há um bom tempo, não me senti tão bem quanto agora. Eu sentia vontade de sair gritando para o mundo o quanto eu estava feliz, mas eu não tinha um motivo concreto. Nós não chegamos a transar, nem nada, mas pudemos nos divertir tão naturalmente, que chegou a ser impressionante. A maneira como ele me carregou no colo e saiu correndo pela praia, nós parecíamos um casal apaixonado. Quando chegamos na casa dele, foi como se nos conhecêssemos há meses, para a maneira como tratamos um ao outro. Ele falava sorridente, o que tornava notável que ele estava gostando da minha companhia. Ouví-lo me chamar pelo nome, enquanto eu me divertia com ele no quarto, foi a melhor parte de todas. A voz dele era grossa, forçada e quase não saía. Confesso que tudo isso mexeu completamente comigo, e mudou muito meus conceitos sobre ele. Ele não é tão grosseiro e chato quanto aparenta, e não veste apenas as mesmas roupas pretas como no colégio.

Acho que, se isso der certo, com o tempo iremos descobrindo mais coisas um sobre o outro, sem muitas perguntas. Foi estranho, mas eu realmente me senti realizada, por algo que eu não imaginava acontecer tão cedo. Ele me elogiava sem querer, foi sincero e mesmo negando, percebi que ele realmente se importa. Estacionei o carro na garagem e entrei correndo em casa, para que nenhum vizinho fofoqueiro me visse chegar tarde em plena segunda-feira.

Tranquei todas as portas e deixei a comida esquetando, enquanto fui para o banho. Precisava me refrescar para pensar em tudo o que aconteceu hoje. Despi-me e separei uma camisola lilás, com lingerie da mesma cor, deixando em cima da cama.

Passei a pensar em tudo o que aconteceu hoje. Nada foi planejado, e ocorreu muito melhor do que eu esperava. Só estou apreensiva, com relação ao que o Jason pensa. As vezes, o mesmo que ele disse para mim, deve ter tido para todas as outras garotas das quais se divertiu por alguns dias. Espero que acreditar nisso não vire um hábito, tanto pra mim, quanto pra ele. Algo a mais do que uma simples amizade com benefícios provavelmente não daria certo.

- Mellanie. Você quase queimou a comida. - Minha mãe gritou, provavelmente da sala. Eu tinha esquecido do jantar! Fingi não ouvir e logo desliguei o chuveiro''.

                  Jason P.O.V

É óbvio que eu não iria admitir na frente dela que foi o melhor boquete que alguma garota já fez pra mim. Posso não ser tão grosseiro quanto aparento, mas sinceridade demais logo no começo já é um exagero. Confesso que ela realmente superou todas as minhas expectativas, e me surpreendeu de uma maneita explêndida. Eu já imaginava que ela era boa em tudo o que fazia, mas o que aconteceu hoje foi simplesmente inigualável a qualquer outra coisa. É terrível admitir, mas... a cada dia passo a me importar um pouco mais com ela. Quando eu disse que ela não poderia ficar com ninguém, foi algo completamente da boca para a fora. Digo, eu pensei sobre isso, mas deveria ter guardado para mim. Ela não deveria saber que eu não quero ela se agarrando com qualquer marginal por aí.

Foi tudo tão natural, que me parecia que nos conhecíamos há tanto tempo, a ponto de conhecer o ponto fraco um do outro. E sim, ela atingiu o meu em cheio. Posso me dar por safisteito esta noite.

Assim que ela foi embora, voltei a ficar naquela merda de silêncio, a não ser pelo barulho da tevê, e do chuveiro ligado. Entrei no banho e imaginei como se ela ainda estivesse aqui, arranhando todo o meu corpo com suas unhas afiadas, e logo disperti ao perceber que ela não estava aqui. Esse não é o Jason que todos conhecem.

Vesti uma box roxa e assim fiquei. Fiz o meu jantar, ou melhor, apenas o esquentei, já que a empregada deixou tudo pronto. Ela vem aqui todos os dias da semana, exceto domingo, e vai embora ás 17h, para que eu tenha meu tempo sozinho em casa. Meu pai disse que voltaria logo, mas acho que ficarei aqui por um bom tempo, pelo menos até que ele termine sua missão em Moscou. Felizmente, o Ryan está aqui. Liguei para ele, porque precisava comentar com alguém o quão satisfeito eu estava.

 

- Cara, você não faz ideia.

- O que estava acontecendo aí irmão? Você não falou nada com sentido quando me ligou.

- A Mellanie estava aqui.... pensa em uma garota boa. 

- Boa, como?

- Tanto de mente, quanto fisicamente. Ela é incrível. 

- Tá pegando desde quando?

- Desde sexta. Pretendo ficar com ela até quando der. Estou me dando por satisfeito.

- Nossa, ela é tão boa assim? Melhor que a Tiffany?

- Com certeza. Qualquer dia te apresendo a minha gata.

- Eu acho que apareço por aí amanhã, e aproveito para vê-la. Agora estou ocupado em Santa Mônica resolvendo uns problemas.

- Passe aqui, e a conhecerá. Já estou avisando. Não toque um dedo nela, entendeu cara?

- Porra, desde quando você se importa com isso? 

- Não me importo. 

- Hum, não. 

 

Desliguei e joguei o celular em cima da minha cama. Até o Ryan disse que eu me importo. Esse cara é muito mais sentimental do que eu. Muito mais não, até porque, eu não sou nem um pouco sensível quando se trata de garotas, ou de qualquer outro assunto. Não tenho como me importar logo com a Mellanie, que conheci há pouco tempo e já estou gostando de sua companhia. Meu pai não precisa saber que estamos nos envolvendo, porque do jeito que ele é, pensará que está se tornando algo sério, sendo que não temos literalmente nada um com o outro. Estams apenas... ficando. Pelo menos até onde eu sei, é isso.

Fiz minhas higienes e deitei-me na cama após tomar uma garrafa d'água. Apaguei as luzes e aumentei ainda mais o volume da tevê, deixando em um filme de suspense. Peguei meu celular e pensei em mandar uma mensagem de boa noite para a Mellanie, mas soaria um tanto melancólico, como se eu estivesse correndo atrás dela. Só queria que ela soubesse o quanto o dia de hoje foi bom para mim. Após pensar na mesma coisa e não chegar a conclusão alguma, acabei mandando uma simples mensagem, para que ela soubesse apenas que eu me diverti hoje.

 

''Fazia tempo que eu não me divertia assim. Obrigado''. - Jason

 

''Foi bom''. - Mellanie

 

Eu não tinha o que dizer, a não ser que ela é incrível, mas essa seria a última coisa que eu diria logo de cara. Primeiro, ela tem que saber quem eu sou, e depois, saber o que eu penso. Ou seja, está longe de acontecer. Será que mais alguém sabe que estamos ficando?

Seria a melhor coisa do mundo se o ex-namorado super nerd dela viesse brigar comigo, mas ele não teria coragem. Eu o deixaria no chão com apenas um empurrão na parede. Fracotes não tem chances comigo.

    ... 

 Como só teremos aula até amanhã, pensei em chamar a Mellanie para dormir em casa, mas ela obviamente não aceitaria, então eu tive que pensar em outros planos pra que pudéssemos nos divertir nos próximos dias e no fim de semana. Quase não nos falamos no colégio, porque além de ser proibido ficar aos beijos por lá, ela não quer que ninguém sabia que o que temos... bom, não temos. Todos sabem disso, mas ela finge que ninguém sabe. Na saída, pedi para que ela passasse em casa após o almoço, porque o Ryan queria conhecê-la. Nada tola, ela aceitou e insistiu na teoria de que ele deve ser gato. Onde já se viu, ela me perguntar uma coisa dessas? Por acaso, eu tenho cara de quem repara em homem? Eu em. 

Saí do colégio sem falar com mais ninguém e fui para casa. O Ryan já deve estar lá. É o único que tem a chave da minha casa, fora o meu pai, e contato com todos os instrumentos e quartos daquela mansão.

 

        Mellanie P.O.V

Estranhei o Jason me chamar para ir à casa dele, especialmente para conhecer o tal do Ryan. Mas eu não reclamei, claro. Ele deve ser muito gato, porque se não fosse, o Jason provavelmente teria zoado com ele quando eu perguntei, o que ele não fez. Após o almoço, saí de casa sem avisar minha mãe, já que hoje ela volta no horário de sempre, e eu provavelmente já estarei aqui. Atravessei toda a cidade, e assim que dobrei a esquina na casa dele, estacionei bem na frente, já que duas motos estavam mais a frente. Desde quando ele anda de moto que eu não estou sabendo!? Apesar que, eu não sei de quase nada sobre ele mesmo, ainda... 

Desci do carro com o celular e as chaves nas mãos, e toquei a primeira campainha. O enorme portão foi aberto, e subi os pequenos degraus até a porta principal. Assim que toquei na mesma, ela foi aberta rapidamente por ele.

- Entre babe. - Deu-me um selinho e espaço para que eu entrasse na sala. Ele fechou a porta, e seu amigo estava sentado no sofá com uma camisa polo e calca jeans, enquanto mexia no celular. Ele tinha os olhos azuis como um oceano, e um corpo malhado como quem passa horas diárias na academia. Confesso que ele é muito mais bonito do que eu imaginei. Esperei que algum dos dois se manifestasse, para que pudesse expressar minha opinião.

- Bem... esse é o Ryan. - Apontou para ele, como se tivesse dado um sinal para que ele se levantasse. - Cara, essa é a Mellanie. - Apontou para mim e escondi as mãos no bolso.

O Ryan rapidamente veio até mim e deu-me um abraço aconchegante. Jason forçou uma tosse para que nos afastássemos e ficou parado ao nosso lado.

- Não quero você se amigando com ele, ok Mellanie? - Falou sério, demonstrado tamanha importância que me surpreendeu. 

- Cale a boca Jason. - Ryan retrucou rindo da situação e parou ao lado dele.

- Não falei com você. - Olhou-o sem humor algum e colocou seu braço direito em volta dos meus ombros, segurando a minha mão. 

- Não seja idiota. Ele é seu melhor amigo. - Falei descontraída e ele deu os ombros sem resposta.

Ryan foi até a cozinha e o perdemos de vista. 

- Nossa! Ele é muito mais gato do que eu imaginava. - Falei sorridente, olhando para a bancada da cozinha, procurando-o com o olhar.

- Sério que você está falando isso, logo para mim? - Revirou os olhos e soltou-se dos meus ombros, ao cruzar lá braços.

- Qual o problema. Ele é gato demais. Meu deus. - Falei ao passar as mãos no rosto, com a voz baixa.

- Pega ele então. - Falou rápido e ignorante, como se não soubesse o que dizer.

- Nem precisa pedir. - Falei sorridente e ele deu-me vários selinhos. - Ryan? - Chamei-o, indo até a cozinha, e Jason me segurou pelo braço e tapou minha boca.

- Nem pense em fazer isso. Eu não quero você de papo com ele. - Parecia sério enquanto falava, como se tivesse alguma autoridade em sua própria palavra.

- Por que não? - Ele estava com uma pontada de ciúmes, sendo que não temos nenhuma relação, e muito menos algo que me impeça de me divertir por ai.

- Porque eu não quero. Sem mais perguntas sobre isso. - Aumentou o tom de sua voz, para que eu percebesse que ele estava realmente falando sério.

- Você já é chato. De mau-humor fica insuportável. - Suspirei e saí de perto dele. - Tchau Ryan. - Fui até a cozinha e ele estava tomando um copo de suco. Abracei-o, que sorriu e deu-me um beijo no rosto.

- Até mais Mellanie. Você é linda. - Falou ao sorrir e sorri de volta sem saber o que dizer.

- Sai de perto dela. - Apareceu na cozinha e apoiou com as mãos na bancada. - Onde você vai?

- Eu vou embora. - Falei como se fosse obvio.

- Eu não perguntei se você vai embora. Perguntei onde você vai. - O que deu nele para estar tão chato assim, do nada? Ciúmes de mim com o melhor amigo dele? Que coisa mais besta.

- Não é da sua conta. - Franzi a testa irritada e fui até a porta da sala. - Vai ser grosseiro com outra por ai, porque pra mim já deu das suas chatices de hoje.

- Vai então Mellanie. Vá para onde você quiser. - Apontou para a porta, como se não estivesse se importando que eu iria embora.

- Vou. - Retruquei.

Saí da casa dele irritada e fui até o meu carro. Pelo canto dos olhos, pude perceber que a porta estava apenas encostada, e ele logo bateu-a com força. Que garoto irritado. Ele me convida para vir aqui, especialmente para conhecer o Ryan, e agora fica chato desse jeito. Quem vê eu me importo mesmo. Ri e fui embora de lá. A Alice não deve estar em casa agora, já que essa semana ela está super ocupada com os trabalhos da faculdade, e a minha tia deve voltar no fim de semana.

Eu queria ter perguntado se uma das motos que estava estacionada em frente à casa dele era realmente dele mesmo, mas com toda aquela grosseria achei melhor ir embora logo. Por que ele ficou irritado, do nada? Não dei literalmente nenhum motivo na intenção de provocá-lo, ou para ver se ele estava com ciúmes. Eu até faria isso, mas hoje não tive essa intenção. Fui sincera quando disse que o Ryan é lindo demais, mas fui um tanto otimista e não confessei que eu o pegaria ali mesmo, numa boa. Jason ficou irritado apenas com isso, e mesmo antes que eu pudesse conhecer seu amigo, ele falou na minha frente para que ele não se tornasse meu amigo, ou algo do tipo. Isso se chama bipolaridade.

 

SPOILER

Paramos de caminhar em frente ao parapeito e sorrimos um para o outro. Ele deu-me um beijo no canto da boca, e logo um selinho demorado. Passei as unhas em sua nuca e ele me abraçou forte. Parecia estar tentando ser carinhoso, o que foi estranho, já que ele não é assim.  

O celular dele começou a tocar, e coloquei as mãos no bolso para abafar o barulho. Ele passou a procurá-lo nos bolsos de sua calça e olhou-me pervertido, como se soubesse que estava comigo. Sorri sem graça.

- Cadê meu celular Mellanie? - Continuei sorrindo e quando ele ameaçou me tocar, saÍ correndo em direção ao parapeito, que tinha nada mais do que 4 metros distância da areia. Passei a correr desesperada e ele conseguiu me pegar pela cintura. Atendi no último toque.


Notas Finais


Espero que estejam gostando <3


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