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História Ruthless Love - Tão Ingênua


Escrita por: fckzjdb

Notas do Autor


Oooi, tudo bem com vocês? :3 Então eu tive uma ideia pra escrever essa fic e achei legal e então decidi publicar ela. Espero que vocês gostem, É a primeira fic que posto aqui e realmente espero que seja aprovada e é isso haha vejo vocês lá embaixo ;)

Capítulo 1 - Tão Ingênua


Fanfic / Fanfiction Ruthless Love - Tão Ingênua

O vento soprava forte fazendo com que meu cabelo preso em um rabo-de-cavalo se lançasse para o canto do meu rosto, atrapalhando a minha visão daquela rua não muito movimentada. Tirei os fios da minha bochecha e olhei para as sacolas que eu segurava e que estavam quase voando de minhas mãos, fazendo-me parar no meio da calçada para amarrá-las. Estava começando a me arrepender de ter trocado de lugar com a empregada do meu pai quando ouvi o primeiro trovão e avistei uma claridade branca tomando conta do céu fechado.

Decidi me apressar e comecei a acelerar meus passos. Minha casa não estava muito longe dali, mas preciso admitir que o medo se aflorou pelo meu corpo ao ver o cinza tomando conta do céu junto à intensificação do vento, que poderia logo se tornar um furacão, e ao notar que apenas eu andava por aquela rua agora deserta. Embora minha vida envolvesse problemas maiores do que uma simples alteração no tempo, isso ainda me dava o direito de temer feito uma garota normal. 

Comecei a sentir pingos finos tocando minha mão descoberta pelo sobretudo e meu rosto, causando-me arrepios pelo choque frio das gotas de chuva com minha pele quente. Acelerei meus passos, mas a água que corria pelo céu pareceu sentir inveja de mim e me imitou aumentando sua intensidade. Meu rosto já estava encharcado e a água da chuva se pendurava em meus cílios, embaçando minha visão. Eu queria correr para me livrar logo disso, mas a novidade de sair debaixo do teto sobre o qual sou obrigada a ficar me fez calçar saltos altos, dificultando a execução do meu desejo. Arrependia-me amargamente de ter recusado a carona dos seguranças do meu pai.

Eu já estava atravessando a rua encharcada enquanto rezava para que ela não me fizesse deslizar e cair. O outro lado da calçada não parecia estar longe e eu estava a um passo dela quando um carro preto e antigo freou ao meu lado derrapando no pavimento da rua e me assustando. Acabei tropeçando quando fui para trás por impulso e caí sentada no meio-fio. O vidro do motorista se abaixou e pude ver de relance um homem de cabelos claros a me fitar. Seus olhos estavam escondidos por um óculos escuro apesar da escuridão do céu. Levantei-me e passei a mão na parte de trás da minha calça para limpá-la quando sua voz soou.

- Quer carona? - Seu timbre era rouco e senti um leve incômodo ao imaginar que ele observava cada canto do meu corpo.

- Não, obrigada - disse me afastando com os mesmo passos rápidos tentando chegar em casa e fugir da chuva que caía.

- Você vai se molhar, pode até pegar um resfriado. - Ele riu de canto - Vamos, entra aí. Eu insisto.

- Eu não te conheço - afirmei com desdém. Ele me acompanhava dirigindo o carro lentamente.

- Então está bom, veja por esse lado: sou apenas um homem gato e desconhecido que decidiu fazer uma caridade e ajudar uma mulher bonita a não pegar uma terrível gripe. - Eu parei de andar e coloquei minha mão na testa para me proteger dos pingos raivosos da chuva. Olhei para ele, que sorria de canto, o que me fez soltar um riso pelo nariz. Tudo bem, ele tinha humor e parecia ser realmente bonito, apesar da pouca modéstia.

- Tudo bem - disse derrotada. - Mas só porque não quero deixar o homem caridoso na mão. - Ele riu. Dei a volta no carro e sentei no banco ao seu lado. Ele dirigia de forma pacífica e tomava cuidado a cada lombada por que passava.

- Onde você mora? - questionou após um curto tempo de percurso.

- Só virar à esquerda e depois à segunda direita. - Ele apenas assentiu com a cabeça, ligou o rádio e começou a batucar no volante ao ritmo de Avicii. - É o portão vinho, logo ali - disse apontando na direção de minha casa assim que ele dobrou a rua.

- Certo... - Disse balançando a cabeça em concordância. O carro foi desacelerando ao se aproximar da minha casa e eu já estava prestes a soltar o cinto de segurança, quando, ao estar de frente ao portão vinho, senti meu corpo dar um tranco e ir em direção ao encosto do banco. Agarrei a tranca do carro e senti meu rosto todo deslocado pela velocidade com que ele havia passado a dirigir, maneira a qual se distinguia totalmente da forma com que me conduzira até chegar em frente ao meu real destino.

- O que você está fazendo? - gritei assustada - A minha casa era aquela!

- Eu sei, gatinha. Mudança de planos. - respondeu ele com um sorriso malicioso nos lábios.

- O que? Aonde você está me levando? - gritei desesperada. Ele riu dom deboche e não me respondeu. Eu era uma idiota.

 

- Por favor, me diga logo para onde estamos indo. - supliquei talvez pela milésima vez ao chegarmos em um bairro totalmente desconhecido por mim. 

- Você já vai ver. - Ele riu vitorioso - Sabe, nunca pensei que você, logo você, - disse dando ênfase no pronome - aceitaria carona de um estranho. Isso foi realmente envergonhador – disse em tom de brincadeira, apesar de eu não estar vendo nenhuma ali. Não demorei muito a perceber que ele não estava querendo me impressionar com toda essa velocidade com que dirigia o carro, ou com cada derrape que dava sobre uma curva na estrada, e que a verdade era que eu estava sendo refugiada por esse homem. O medo da chuva parecia ter ficado para trás apesar da mínima possibilidade que eu tinha de sair dessa situação de agora.

- Você não sabe com quem está mexendo. - Tentei soar confiante e esperava que tivesse dado certo. - Basta eu ligar para o meu pai - disse tirando o celular do bolso e o desbloqueando, vendo nele a minha salvação. - Que a sua vida acaba.

Sorri tentando não demonstrar medo e já buscando o teclado do celular.

- Acho que eu não faria isso. - Ele proclamou sério.

- Uma pena - respondi irônica enquanto digitava os primeiros números. Ele abriu o vidro do meu lado enquanto eu o encarava confusa na tentativa de entender o que ele estava fazendo, até que aquele homem bateu com força em minha mão e fez meu celular voar e ultrapassar o vidro, caindo no asfalto.

- Opa - disse sorrindo cínico, seguido de um riso pelo nariz.

- Qual o seu problema? - gritei enquanto tentava lhe bater, porém ele segurou meus pulsos com sua mão direita.

- Aquieta o fogo, porra! - Ele subiu sua blusa ao soltar meu braço e, ainda focado na estrada, deu-me a visão de um objeto preto em metal, o qual logo reconheci. - Ou isso vai parar no meio da sua cabeça, princesinha. - Engoli em seco.

Eu estava em desvantagem, não saía com os pertences de meu pai por aí. Não por proibição, só não queria parecer ameaçadora ou algo do tipo e, de qualquer forma, eu não sei atirar tão bem assim. Quer dizer, quando você passa toda a sua vida vendo seu pai com uma arma na mão e se prevenindo de ameaças, você espera que ele te ensine a se defender, certo? Isso ocorrera umas duas vezes no máximo e eu nunca peguei em uma arma além dessas poucas vezes, as quais, posso dizer, que foram um fracasso. Meu pai não é do tipo cuidadoso e paciente, totalmente pelo contrário: ele não demonstra sentimento algum e se estressa de forma muito rápida. É realmente muito difícil conseguir aprender algo com ele, para não dizer impossível, a não ser que você seja muito paciente, o que não faz muito o meu estilo.

Tentei ficar calada durante o resto do percurso com medo das consequências se caso eu não ficasse. O homem era ameaçador por mais que ainda não tivesse visto o que seus olhos expressavam. Aliás, eu nem sabia seu nome, mas acho que isso não me seria revelado tão cedo. Fiquei me remexendo no banco, analisava minhas unhas, batia o pé freneticamente no tapete do carro e algumas vezes batucava não muito forte em minhas pernas para conseguir demonstrar minha irritação e a dificuldade que ele teria em me manter sequestrada.

- Puta que pariu! Será que dá para você parar com essa merda? - ele disse gritando furioso tirando sua atenção da estrada para mim por um segundo.

- Será que dá para você me dizer por que eu estou aqui? Nunca te fiz nada! - disse jogando os braços para o alto em defesa. Ele não respondeu, o que me fez ficar mais impaciente do que já estava. - Mas que droga. - murmurei derrotada. 

Ao chegar em um portão verde-musgo ele embicou o carro. Os seguranças da casa vieram em sua direção, mas parece que logo o reconheceram, pois o deixaram entrar, abrindo os portões. O jardim era simplesmente enorme, havia seguranças por todo o lado e todos os carros estacionados em frente à mansão eram blindados. Isso só havia feito que meu coração em meu peito pulsasse ainda mais rápido. Onde eu estava? Ou melhor, com quem?

- Desce - ordenou assim que estacionou de qualquer jeito no caminho de pedras ocupando uma parte da grama do jardim. Sem hesitar, abri a porta do carro e pulei para fora dele. O garoto pegou meu pulso despreocupadamente puxando-me junto a ele - Vê se se comporta. - Deu um riso debochado. Revirei os olhos e fiquei encarando a porta próxima de nós, olhei para a guarita e vi três seguranças com olhares curiosos sobre mim, outros que circulavam pelo jardim eram atentos a cada canto da casa, alguns me encaravam. Engoli em seco.

Ele abriu a porta sem soltar meu pulso e isso já estava começando a me machucar, tentei me debater para tirar suas mãos de mim quando passamos pela porta.

- O que você não entendeu do "se comporte"? - Ele fez a voz mais ameaçadora que conseguiu.

- Você está me machucando - disse tentando olhar em seus olhos através dos óculos de lente escura que ele usava - Eu juro que não vou fugir se você soltar meu braço. Aliás, como poderia com todos aqueles marmanjos ali fora atentos a tudo o que eu fizer? – disse irônica.

Ele me analisou por um tempo até que soltou-se de mim. Certamente é um idiota mesmo. Se fosse Jackson, nunca que ele teria me largado. Acontece que eu realmente não iria fugir, não com um bando de armários andantes vigiando qualquer movimentação estranha no jardim e, também, eu nem sabia onde estava. Olhei para meu pulso branco e vi as marcas vermelho-arroxeadas dos dedos dele e realmente sentia aquela área dolorida. Logo perpassei meu olhar pelo cômodo que me encontrava enquanto alisava a região machucada.

A sala era enorme e possuía várias estantes com alguns retratos sobre elas, os sofás eram grandes e percebi a segurança completa que tinha naquela casa. Câmeras para todo lado, alguns aparelhos estranhos localizados na parede que deveriam ser acionados por algum botão escondido em qualquer lugar daquela mansão. O cara devia realmente ser importante, mas ainda não havia encontrado nenhum conhecido naqueles retratos espalhados. Me encaminhei até os mesmos enquanto sentia o olhar do menino loiro sobre mim, mesmo assim prossegui. Em uma das fotos havia uma mulher aparentemente nova e um homem muito musculoso lotado de tatuagens. A mulher sorria docemente enquanto o homem transparecia uma cara de mal sem curva alguma de qualquer sorriso. Tentei ver se o conhecia de algum lugar, mas não ressalvei nada em minha memória; nunca o tinha visto. Onde é que eu estou?

Ouvi passos no andar de cima e barulhos na escada próxima a onde eu estava, fiquei encarando-a para ver o que viria a seguir. Até que um outro garoto loiro surgiu nos degraus, com óculos posicionados em sua face e um capuz de moletom cobrindo metade de seu cabelo, deixando apenas seu topete visível. Dessa vez eu sentia que ele não me era desconhecido. Espremi os olhos tentando identificá-lo em meio ao medo crescente.

- Ryan - o menino fez um toque com o que havia me trazido até aqui - Vejo que ela aceitou sua carona - ele riu debochado - Bom trabalho. Pensei que seria mais difícil. - Um sorriso vitorioso saiu de seu rosto. Olhei-o revirando os olhos.

- Por que estou aqui? - perguntei séria e ignorando a sua felicidade.

- Oh Ryan, não a contou?

- Não, obedeci suas ordens. – Sorriu ele zombando da situação.

- Não imaginava que a filha de Hoffman seria tão ingênua - disse com deboche em cada palavra.

- Será que dá para falar o que eu to fazendo aqui, caralho? - o menino me encarou, não tirando a direção do seu rosto de mim, até que devagar foi se aproximando de onde eu estava, fazendo minhas pernas estremecerem. Pude perceber que ele era mais alto do que eu quando parou a centímetros de mim, apesar de eu não ter olhado para cima, como se estivesse o desafiando, restando-me observar sua blusa branca e a marca de seu corpo malhado. Engoli em seco.

- Você sabe quem eu sou? - Fiquei quieta por um instante com medo de sua voz que acabou me intimidando. - Eu perguntei se você sabe quem eu sou, caralho - ele disse querendo ver meus olhos apertando com força minha bochecha e levantando meu rosto, fazendo-me encarar seus óculos, que me proibiam de ver o que estava por trás deste. Balancei a cabeça em negação. - Não? Ah, tenho certeza que conhece, Katniss - fiquei em silêncio. Eu não sabia se deveria dizer alguma coisa, até que ele não se pronunciou e resolvi quebrar o silêncio, que fez com que ele ficasse me encarando desconfortavelmente.

- Não, eu não - Ele baixou seu capuz e retirou seus óculos, impedindo que eu concluísse a frase. Meu coração acelerou e eu havia entrado em choque. Até que finalmente consegui pronunciar algo com a voz trêmula. - Bieber? 


Notas Finais


o-o O que acharam? hehe Comentem por favor se tiver alguém lendo sei lá, por favor comentem haha Beijosss

Twitter: @seejdbsmile - to sempre por lá, qualquer coisa falem comigo haha


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