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História Teaching love - Say hi to the devil


Escrita por: flaviagomes

Notas do Autor


Espero que gostem e desculpa por eu não ter postado antes. Eu estava viajando

Capítulo 2 - Say hi to the devil


" Tento encontrar esperança em um raio , olho ao redor e não vejo nada " 

 

A porta foi aberta me fazendo despertar, assim que um homem alto entrou no pequeno quarto senti o medo percorrer por todo o meu corpo. Chorar em silêncio já não parecia mais suficiente, eu tinha vontade de gritar e chorar alto para que todos ouvissem. O perigo era real, eu sentia meu coração sufocado e sentir medo não era mais uma escolha.

- Me tira daqui

Justin gritou fazendo o homem gargalhar em pura ironia. Aquilo só fez a ira do Justin aumentar e em segundos ele já estava em cima do homem o socando. Era evidente que o homem encapuzado era maior que Justin e tinha o dobro da sua força mas Justin havia o pego desprevenido o que resultou em vários socos que já eram suficientes para o homem sentir dor, mas não era o bastante. Assim que ele conseguiu empurrar Bieber de cima dele, pegou sua arma e apontou para o rosto do Justin que mesmo assim não se conteve.

- Vamos porra, me mate se você é homem

Fechei meus olhos esperando o barulho de tiro vir. Mas nada aconteceu. Tudo que eu pude ouvir foi uma risada irônica vindo do próprio Bieber.

- Eu só não te mato garoto porque a chefia me botaria a sete palmos do chão logo em seguida.

Ele disse rindo, ouvi Justin gemer de dor assim que o homem deu com a arma em sua cabeça e logo fechou a porta deixando um copo de água no chão, eles não queriam que nós morrêssemos, pelo menos não agora.

***

 Justin não expressava nenhum sentimento desde então, nem mesmo a raiva que o acompanhou por um longo tempo, ele olhava pro vazio, seu rosto vinha ficando pálido. Ele não queria demonstrar fraqueza, não queria ser fraco como eu. Mas parecia que ele morria por dentro, morria da pior maneira, lenta e dolorosa. Morria pela falta de certeza de vida, morria pela saudade, morria por se sentir fraco e inútil ao ponto de não conseguir sair daqui. Eu o entendia mesmo sem ele ter dito uma palavra, afinal, eu me sentia da mesma maneira.

- Será que a policia esta atrás da gente?

Ele me olhou como quem me dissesse "cale a boca" e depois voltou seu olhar ao nada. Perdido nas imperfeições da parede. Ele tinha optado pelo silêncio, um grito de socorro no meio de seu silêncio todo.

- Estou com fome 

Eu reclamei mais para mim mesma do que para ele, eu sabia que ele não responderia. Mas Justin me surpreendeu, ele começou a vasculhar seu bolso e dali tirou três biscoitos amassados.  

- Não vou comer isso

- É isso ou você morre de fome

Eu peguei o biscoito meio relutante. Não estava tão ruim quanto eu pensei, apesar do gosto de biscoito velho, estava bom ou a minha fome era tanta que tudo ficaria bom a meu ver. 

- Você esta com fome? - ele afirmou com a cabeça - Você quer? - eu disse o entregando o ultimo biscoito

- Pode ficar com ele

- Você acha que a gente vai ficar aqui por muito tempo?

- Não sei, só sei que não aguento mais ouvir você chorando

- Não esta com medo?

- Não tenho medo de nada - ele deu de ombros

- Se faz de durão mas no fundo deve ser um bebe chorão - ele deu uma leve risada e deu de ombros.

- Seu rosto esta sangrando 

- Não ligo 

Peguei o copo de água e a blusa que ele havia tirado, molhei a ponta da blusa e passei pelo seu machucado. Senti-o estremecer por causa da dor e logo em seguida relaxar. 

- Bem melhor - eu disse assim que acabei de limpar.

O mesmo homem que veio trazer a água entrou novamente e quando seus olhos se direcionaram para mim ele deu um sorriso um tanto quanto diabólico que fez cada parte do meu corpo entrar em alerta, distribuindo adrenalina, meu coração bateu rápido, minhas mãos começaram a suar e minha mente gritava um desesperado "corre", mas correr para aonde? Não havia para aonde correr e para o meu desespero ele se aproximou mais e a cada passo que ele dava seu sorriso aumentava.

- Quantos anos você tem lindinha?

Eu permaneci calada, ele voltou a se aproximar e suas mãos foram ao meu cabelo o puxando, causando uma dor enorme. Reprimi o gemido de dor, eu não queria ser fraca, não na frente desse monstro, não queria dar a ele esse gosto de vitoria.

- acho que agora eu posso me divertir, o chefe não esta aqui para ditar as regras.

Eu tentava o empurrar, mas parecia não afeta-lo e quanto mais eu me esforçava para mantê-lo longe mais ele parecia gostar. Suas mãos percorriam meu corpo, apertando minhas coxas e peitos. Eu já poderia imaginar as marcas roxas que apareceriam. E quanto mais eu gritava mais ele se excitava com a cena.

- Solta ela seu filho da puta

A voz de Justin dominou ambiente e pela primeira vez eu o agradeci por esta ali. Fechei os olhos assim que o punho de Justin acertou o primeiro soco no rosto do rapaz. O rosto branco de Justin agora estava vermelho dominado pela raiva e suas veias do pescoço pareciam que iam pular de sua pele.

- Você é um covarde, homens como você deveriam apodrecer a sete palmos do chão servindo de comida para animais. - Justin dizia em cima do homem durante intervalos de socos

- E quem vai me matar? Você? - ele soltou uma risada irônica - não me faça rir garoto

- é meu caro, acho que você não esta em condições de rir de ninguém. - Ele disse assim que tirou a arma da cintura do homem - Suas ultimas palavras?

Quando Justin destravou a arma e apontou para o homem a sua frente, o desespero tomou conta de mim, eu não queria ser platéia de um assassinato, eu já tinha tido minha dose de traumas o suficiente.

- Bieber! não atira - um grito alto e desesperado saiu do fundo da minha garganta

- Cala a boca Cassie

- Por favor, Bieber - eu botei as mãos no meu rosto tampando meus olhos, eu não queria ver mais nada.

- ouça a menina, você não é homem o suficiente para isso

- Vamos analisar esta cena meu querido. Você não consegue nem falar direito enquanto eu estou com a arma apontada para você. Irônico você dizer que eu não sou capaz. - a voz de ambos estavam carregadas de sarcasmo 

- se você me matar o chefe ira atrás de você e te fará deitar na poça do seu próprio sangue. 

- Você é apenas um capacho. Não creio que ele ira sujar as mãos por você

- Será questão de orgulho te matar meu querido. Ninguém mata um dos homens dele e sai ileso

 - Então nos vemos no inferno. Além disso, qual o seu nome?

- E o que isso importa?

-Preciso saber o nome do primeiro homem que matei

- David Moore

 – Te vejo no inferno, diga oi ao diabo por mim Moore

O barulho do tiro foi alto me fazendo fechar os olhos esperando por mais um tiro, o que não aconteceu. Meus olhos foram abrindo aos poucos e meus olhos acompanharam o sangue se formando embaixo de David. Meu coração pulsava forte dentro de meu peito e eu pude ouvir o barulho da arma sendo largada no chão e Justin se levantando e limpando suas mãos de sangue. O meu lado egoísta estava feliz por Justin ter o matado, mas a maior parte de mim estava em estado de choque, maior parte de mim não queria que Justin tivesse o matado. David Moore era um homem monstruoso, mas eu vou pelo pensamento de que nenhum homem tem o direito de tirar a vida de outro ser humano, mas Justin ia mais pela lei de sobrevivência.Era matar ou morrer.

- Não saia daqui. Eu irei ver se tem outros homens envolta da casa 

 -Por favor, Bieber, não me deixa sozinha com esse corpo

- Cassie ele não ira te assombrar ou coisa do tipo - ele revirou os olhos

- Mas é assustador

- Ele esta morto, Cassie - ele levantou o braço do homem e o soltou no chão - Viu? Ele não se mexe, não mais

Eu o deixei ir e permaneci parada no pequeno quarto, observava todos os cantos do quarto e desejando ser a ultima vez que eu iria precisar vê-lo. Meus olhos pararam no corpo jogado no chão, seu sangue ainda escorria e eu desejei saber a historia daquele homem. Saber o porquê dele ter entrado nessa vida. As pessoas não viram ruins de uma hora para outra, ninguém é totalmente bom ou ruim, é só uma questão de escolha.

 - Estamos livres – Ouvi Justin dizer às palavras que tanto desejei.



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