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História Teaching love - City of Roses


Escrita por: flaviagomes

Notas do Autor


Desculpa a demora.

Capítulo 4 - City of Roses


“Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações.”

 

Portland – Oregon- era o nosso destino e nosso novo lar por tempo indeterminado. Eu não estava animada, me escondia em uma camada de tranquilidade.  As pessoas viravam formiguinhas assim que o avião subia. Da janela do avião parecia que eu poderia tocar as nuvens, aquelas nuvens que para mim eram feitas de algodão. As nuvens sempre foram belas a meu ver, sempre teve o poder de me acalmar, mesmo tampando o sol, mesmo tampando as estrelas, elas são belas. Belas de uma beleza única que poucos conseguem observar.

Eu olhava o papel amarelo em minhas mãos, o mesmo que foi entregue pelo policial. Já estávamos matriculados em uma escola na região. Moraríamos em uma casa e nossos pais mandariam dinheiro toda a semana pelo delegado. Estaríamos seguros, disso eu não tenho duvida, os policias me parecerem bastante competentes.

Quando desembarcamos já havia um carro nos esperando e logo atrás de nós haviam dois policiais. Justin não disse nenhuma palavra até então, parecia bastante concentrado em suas musicas. As ruas eram bastante floridas, flores de todos os tipos, não é atoa que é conhecida como cidade das rosas. Aquela cidade era com certeza muito linda, minha mãe iria adorar conhecer, era um lugar calmo, daqueles que você se sente aconchegado. Paramos em frente a uma casa e assim percebi que ali seria o nosso lar durante um tempo. O exterior da casa era lindo, suas paredes amarelas e sua cerca de madeira dava um ar de interior. Dentro da casa não era muito diferente. Na sua sala tinha uma lareira e os moveis eram simples e bonitos. É o tipo de casa que é perfeita para sentar em frente à lareira para ler um bom livro de romance.

Os policias deixaram a casa e quando olhei para a janela pude observar policias disfarçados nos vigiando e aquilo acalmou meu coração. Do lado de fora parecia tudo calmo, mas no lado de dentro o silencio dominava, um silencio pesado e nada confortante.

- Obrigada – eu surrei envergonhada

- Pelo que? – Ele respondeu sem tirar seus olhos de um ponto fixo na parede

- Você me ajudou. Você não é uma pessoa ruim Justin

- Escute bem Cassie – ele direcionou seus olhos aos meus – Vamos passar um tempo morando juntos e teremos algumas regrinhas 

- Tudo bem

- Numero um – ele disse indicando em seus dedos – Não quero ouvir seus choros e seus ataques de menina delicada. Numero dois – ele indicou nos dedos- Não gosto de ser acordado. E por fim e não menos importante, numero três – ele levantou mais um dedo- Quando eu trouxer mulheres para a casa, não quero ser interrompido.

- Vamos as minhas regras – Eu disse e ele gargalhou

- Regra numero quatro, apenas eu dou as regras aqui.

- Sinto muito, mas eu também tenho minhas regras. Numero um – levantei um dedo- não quero cuecas jogadas pela casa. Numero dois – levantei mais um dedo- não quero que você ande pelado pela casa. Numero três: Aprenda a ser mais simpático

- Sobre a regra numero dois, creio que você esta doida para me ver pelado – Ele gargalhou – E sobre a regra numero três, só serei simpático com você quando você for gostosa.

- Isso é ridículo – eu revirei os olhos

- Você é ridícula

Ele bufou e pegou o controle ligando a televisão. Era fim de tarde e o sol estava se pondo dando uma coloração alaranjada ao céu, olhando pela janela eu podia sentir a brisa. Da janela eu podia observar as flores que tomavam conta da cidade, a amizade dos vizinhos e a alegria das crianças. Talvez, isso tudo tenha sido somente um bom aprendizado. Talvez, seja só a vida me mostrado o lado negro, o lado que eu não conhecia. Talvez, seja isso. A vida me mostrando como ela é.

 Eu respirei fundo e me sentei no sofá olhando a televisão, havia tiros e sangue no filme que Justin via. Normalmente eu me levantaria e iria ler um bom livro. Não gosto de televisão e muito menos filme de assassinato, mas preferi ficar ali assistindo o filme.

- Porque ele a matou?

- Por dinheiro

- Mas ele a amava

- Vivemos em um mundo capitalista querida- ele disse irônico – Não em um mundo de contos de fadas

- O amor não deveria superar tudo?

- Não

- Não acredita no amor?

- Não

- Porque não acredita?

- Porque deveria acreditar?

- Porque não deveria? Quer dizer, o amor é o sentimento mais nobre que existe Justin

- O sentimento mais nobre é o tesão querida – Ele deu uma leve piscada

Revirei os olhos e me levantei. Iria tomar um banho e assim que deixei a água cair pelo meu corpo me senti relaxada como eu não me sentia nos últimos dias, deixei a sujeira escorrer e me peguei pensando em minha mãe, meu pai e como eles estariam, queria estar ao lado deles, poder abraçá-los e dizer que eu estava bem, mesmo sendo mentira, eu queria acalmá-los. Meus pais faziam o tipo protetor e eu a filha que sempre os dava carinho, não chegava em casa tarde e pela primeira vez eu passava noites longe de casa, eu sentia falta do “bom dia” animado de minha mãe, do cheiro do café que ela fazia, do seu carinho em meus cabelos e do seu “durma bem” pela noite.

Assim que vesti minha roupa, me deitei na grande cama de casal que havia no quarto. Céus, como o colchão era macio, totalmente diferente do colchão que dormi nos últimos dias.

Era como comparar pedra com algodão doce.

Fechei meus olhos sentindo o sono vir, aos poucos minha mente ia se desligando do mundo e se rendendo ao sono. Senti o colchão ao meu lado se afundar e abri meus olhos para me deparar com a figura de Justin sem camisa deitado ao meu lado. Não era agradável a ideia de um homem deitado a centímetros de mim, mesmo sabendo que Justin nunca olharia para mim. Senti meu corpo ficar rígido e prendi minha respiração, nunca havia ficado tão perto assim de um homem, não nessas circunstâncias. Justin tinha seus olhos fechados, um sorriso no rosto e seu abdômen a mostra, seu braço encostado no meu, era frio com quente, uma mistura nada agradável.

- O que pensa que esta fazendo? – eu disse segura de mim, com uma voz autoritária que nem mesmo eu reconhecia. Ele abriu os olhos lentamente e me olhou entediado

- Só temos um quarto e uma cama. A não ser que, você queira dormir no chão, acho melhor ficar calada

- Não podemos dormir juntos na mesma cama

- Não tenho nada a ver com a sua santa castidade. Céu Cassie, esqueça! Você não tem mais dez anos, cresce. Além do mais, nós só vamos dormir.

- Não me interessa! Saia desta cama, eu deitei primeiro.

- O que eu disse sobre você não ter mais dez anos? – ele riu- Cassie Miller, isso tudo é medo de conhecer meu grande amigo?

- Que amigo? – ele riu da minha inocência

- Darei apenas três dicas: Ele é grande, grosso e têm duas bolas – ele riu

- Você é nojento Bieber. O que estávamos falando sobre não ter mais dez anos? – Perguntei irônica, o fazendo rir

A minha ironia arrancava gargalhadas dele, enquanto a dele me deixava irritada a ponte de pensar em usar xingamentos que eu não deveria usar. Céus, porque o mundo é tão injusto?

Me levantei da cama e peguei com certa dificuldade o colchão que havia na parte de cima do armário. Justin seguia com os olhos todos os meus passos enquanto ria. Botei o colchão ao lado da cama e o arrumei devidamente e me deitei amaldiçoando Justin mentalmente, aquele colchão nem se comparava ao que ele estava deitado, mas ainda era infinitamente melhor do que o colchão em que tive que dormir nos últimos dias, este ainda conseguia ser macio e quente.

- Não achei que seu medo do meu pênis chegasse a tanto Miller, trocar uma cama desta por um colchão velho deste – ele riu

- Boa noite Bieber – disse tentando o fazer calar a boca

Ouvi sua ultima risada e o barulho do seu corpo se mexendo na cama e então o silencio veio. Meu querido e agradável silencio

Meus olhos se renderam ao cansaço e aos poucos eles foram se fechando, a escuridão veio e eu estava entregue aos meus sonhos.

“Eu estava perdida, meus cabelos bagunçados, meu corpo cansado, minhas roupas sujas e a minha volta tudo que tinha era uma escura floresta. Barulhos de gritos faziam os barulhos dos pássaros sumirem, homens morriam na minha frente e uma voz sussurrava em meu ouvido que eu seria a próxima.

- Me ajude – um homem ensanguentado rastejava ao meu encontro.

Minha mente avisava que eu não podia segurar o ar por muito tempo, meu coração pulsava e então minhas pernas ganharam movimento, eu corria em meio a arvores e os gritos ficavam mais altos à medida que eu corria.

- Deseja conhecer o inferno agora, querida?

Uma voz conhecida sussurrou em meu ouvido assim que cansei de correr, eu podia sentir beijos molhados sendo distribuído pelo meu pescoço e então o homem voltou a sussurrar com sua boca colada em meu ouvido.

- Deseja se juntar a mim no inferno? Não é um lugar tão ruim quanto dizem, é até divertido. – Senti mais um beijo em meu pescoço

Era ele, era David Morre

 

 Acordei como quem tivesse saído de uma batalha, não estava ferida, o máximo que tinha era suor que ensopava meu corpo.Me levantei e caminhei ate o banheiro e ao me olhar no espelho me deparei com o meu rosto tomado pelo medo.  Era apenas um pesadelo, minha mente já era um pesadelo diário nos últimos tempos, eu já deveria ter me acostumado.

Esta tudo tão assustador que eu durmo para fugir da minha realidade e a realidade entra nos meus sonhos.

- Justin, acorda

- Vai se foder Cassie

- Acorda – O balancei mais uma vez

- Cassie me diga qual era a regra numero dois? – Ele disse assim que finalmente abriu seus olhos

- Não te acordar?

- Exatamente. Meninas boas não desrespeitam regras, você deveria saber disso Miller

- Mas temos aula

- Você realmente acha que eu vou para a aula?

- Você tem que ir

- Cala a boca e volte a dormir

- Achei que gostaria de conhecer as garotas daqui – dei de ombros

Justin levantou indo direto para o banheiro, eu sabia que funcionaria. Justin Bieber nunca resiste a um par de peitos. Ainda mais se a carne for nova.


Notas Finais




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