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História Amor E Outras Drogas - Prólogo - 11 Dias De Tortura


Escrita por: Haroldinha

Notas do Autor


- Minha 3° ff 1D
- Capa feita pela ~NoellePage. O restante é de mina autoria.
- Não admito plágio. Se gostar de algo da fic, basta pedir diretamente a mim.
- Quem me acompanha nas outras fanfics, sabe que não posto frequentemente porque não tenho muito tempo livre, mas sempre dou um jeito de escrever.
Sejam bem vindos ao mundo doido de Amor e Outras Drogas!
Espero que gostem.

Capítulo 1 - Prólogo - 11 Dias De Tortura


O píer de Amsterdã estava completamente lotado. Havia duas filas enormes de pessoas, e eu estava em uma delas, com meus fones no volume máximo para evitar escutar o furdúncio das pessoas ao redor. Minha vez de embarcar não demoraria a chegar, e, sinceramente, eu não poderia estar mais desanimada e sem paciência.

Eu não devia estar aqui, não queria estar aqui. Mas quando se é menor de idade a sua opinião não é válida, não para seus pais.

Os meus pais (péssimos pais, diga-se de passagem) me obrigaram, literalmente, a fazer algo que eu não queria, mas infelizmente a culpa é toda minha.

Se eu não tivesse feito aquela grande merda, provavelmente eu estaria aproveitando minhas férias em um lugar bem mais interessante, e não trancada dentro de um navio.

Fugir era minha primeira opção, mas se eu fizesse, levaria outro castigo ainda pior, então, vou ter que embarcar.

Os cinco garotos em minha frente estavam animados até demais. O mais baixo entre eles não parava quieto e apesar da minha música estar em um volume altíssimo eu ainda conseguia ouvir a risada dele. Por que essas pessoas estão felizes por estarem prestes a embarcar em um cruzeiro de onze dias para ficar flutuando pelo oceano? São um bando de débeis, inclusive (principalmente) meu irmão, Daniel, que decidiu colaborar com essa babaquice e vir junto comigo para ter certeza de que eu não vou pular do navio e voltar para casa nadando. Como se eu fosse louca ao ponto de fazer isso. Eu nem sei nadar...

E ainda por cima, Daniel prometeu ‘cuidar’ de mim. Cuidar para que eu não “apronte” mais nada grave.

Como se eu fizesse muitas coisas graves...

Se bem que da última vez eu extrapolei, admito.

Enfim, deixando de lado os motivos por eu estar aqui, minha vez chegava. Tirei os fones dos ouvidos e os guardei no bolso frontal da mala, afinal, teria que falar com o cara que checava os nomes na lista dos passageiros.

O garoto da frente dava as malas para o carregador, e devo dizer que não eram poucas. Logo depois ele subiu os vários degraus da escada com um sorriso no rosto. Enquanto isso, muitos flashes eram direcionados para ele. Supus que fossem os pais dele, porque sabe como é... Pais corujas tiram foto dos filhos até fazendo suas necessidades fisiológicas, e o garoto estava realmente animado; ele corria como uma dessas crianças que vai encontrar o Papai Noel no shopping.

- Seu nome, por favor – Disse o homem que segurava uma prancheta. Usava óculos de grau, uma roupa ridícula de marinheiro e uma boina. Eu quase ri.

- Jackelinne Becker – Respondi pastosamente.

Demorou para o rapaz achar meu nome na lista, o que não foi nenhuma surpresa, porque parecia que a cidade toda decidiu fazer um cruzeiro nessas férias. O navio pelo menos era grande, tinha tantos andares que eu nem consegui contar, ou talvez eu seja ruim em matemática mesmo. Enquanto eu esperava que meu nome fosse encontrado, o carregador pegava minhas malas e as passava em um tipo de detector de metais. Espero que eles não julguem minha lixa de unhas como uma arma mortal.

- Identidade, por favor – Pediu o homem, e eu entreguei a ele o que tinha em mãos desde que cheguei ao píer. Identidade e mais algumas coisas necessárias.

Esperei mais um pouco, até que o cara levantou os olhos e me encarou meio sem graça.

- Sinto muito, mas a senhorita não pode embarcar – Disse me entregando os documentos.

Minhas férias estão salvas!

- Por que? - Perguntei fingindo estar decepcionada, sendo que na verdade era como se fireworks explodissem dentro de mim.

- A senhorita é menor de idade. Menores de idade só embarcam acompanhados dos pais ou responsáveis.

- Ah, mas que pena! – Falei com falso drama. – Então eu não vou ficar aqui atrasando o embarque dos outros. Vou embora. Adiós muchacho!

Eu estava pronta para pegar minhas malas e vazar dali, mas...

- Jackelinne! – Esqueci que meu irmão estava atrás de mim. Merda! – Eu sou responsável por ela – Disse ele, sorrindo vitorioso para mim.

- Você não é responsável nem pelas suas cuecas – Falei emburrada. Daniel segurava meu braço para que eu não fugisse. Babaca.

- Desculpa, sou maior de idade, maninha.

- Enfia sua maioridade no...

- Sejam bem vindos ao Cruzeiro Celebrity Cuises.  Aproveitem a viajem! – Maldito comandante chegou gritando. Pelo menos o nome do cruzeiro é chique.

Não tinha mais volta. Daniel me arrastava escada acima, me levando praticamente para o inferno. O INFERNO!

Antes de entrarmos no elevador que nos levaria até o andar dos nossos quartos, um segurança nos parou e passou aquele treco de detectar metal nas pessoas. Por que não fiquei com a minha lixa? Assim eu poderia ameaçar ele e depois seria expulsa.

E para completar minha onda de azar, nossos quartos ficavam quase no topo. Pelo menos, se o navio afundar like Titanic eu vou ser uma das últimas a morrer.

- Isso aqui deve ser um tédio – Resmunguei. – Não pude nem trazer o rabanete.

- Acredito que tenha rabanete na cozinha, senhorita – Disse o rapaz que fazia o elevador subir.

- Rabanete é o nome do meu hamster.

- Oh, claro que é.

Até chegar lá em cima eu já estava odiando tudo aquilo. O elevador era minúsculo e tinha seis ou mais pessoas ali dentro. Eu me sentia como uma sardinha enlatada.

- Qual é a minha cabine? – Perguntei assim que saímos do elevador. Eu pretendia ir para o quarto e ficar lá até o navio fazer a primeira escala.

- É essa aqui – Ouvi Daniel dizer e logo depois veio o click da maçaneta abrindo. As portas só abriam com os cartões que recebemos.

Daniel entrou na cabine, e pelo pouco que vi do lado de fora a cabine era bem espaçosa. Dava para juntar uma boa quantia de amigos ali. Decidi entrar e dar uma olhada, mas paralisei ao ver minhas malas em um canto.

Eu logo pus o cérebro para funcionar, ligando os pontos, e aí, comecei a surtar.

- Não não não! Eu não vou ficar na mesma cabine com você! E só tem uma cama, Daniel! Só UMA!

- Sem drama, Jackelinne. Até parece que não dividiu um quarto comigo até os dez anos de idade.

- Esse é justamente um dos meus traumas! – Me controlei para não gritar. – Você ronca, tem chulé e solta pum enquanto dorme.

Ouvi a risada sarcástica daquele filho da mãe - vulgo meu irmão mais velho. Ele ainda completou dizendo algo como “faz parte do seu castigo”. E foi o suficiente para eu cair em uma depressão profunda e destruidora.

Não vou aguentar isso por onze dias!

 

 


Notas Finais


O que me dizem? Devo continuar?
Jackelinne tem a aparência da Lily Collins ruiva, ok?


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