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História Friendship Never Ends - Abracadabra


Escrita por: LeoTaeyeon

Notas do Autor


Olá! Este é o último capítulo da shortfic.
Boa Leitura o/

Capítulo 3 - Abracadabra


Ao virar-se para dar partida no veículo, os sorrisos dos jovens apagou-se em questão de segundos, tomados por uma expressão de desespero e medo, que os traumatizaria pelo resto da vida.

Uma luz forte ofuscou suas visões, vinda de um carro em alta velocidade, a claridade cegara os rapazes temporariamente. Um sedativo de Deus? Talvez. O que só pode ser escutado por Jonghyun foi o grito de Kibum que agarrou seu braço com o susto de ver o automóvel vindo à contra mão na rua. O moreno apenas fechou os olhos e segurou na mão do amigo que parou com o grito de terror e medo.

Um homem alcoolizado estava dirigindo a arma mortal que batera contra o carro dos jovens. Querendo escapar de toda a confusão, o dono irresponsável do veiculo prata fugiu sem prestar socorro às vítimas do acidente, que agonizavam por ajuda nos bancos ensanguentados.

O mais ferido com a batida violenta fora Jonghyun que foi prensado contra o volante. Kibum olhava tudo sem mexer-se, viu o causador de tudo correndo bêbado do local. Apenas levantou o braço direito tentando gritá-lo, nada saiu de sua garganta. Tentou levantar o braço, mas estava preso. A mão do melhor amigo estava entrelaçada a sua.

Luzes azuis e vermelhas brilhavam na sua frente, um carro policial estava fazendo sua patrulha noturna, ao ver o acidente dos veículos amassados, foram rapidamente verificar. Os homens fardados encontraram um jovem loiro com o rosto sangrando, um dos policiais ligou a lanterna em sua face, Key respirou mais uma vez antes de fechar os olhos.

As ambulâncias não demoraram muito para chegar e resgatar os rapazes prensados, os paramédicos temiam o pior para a vida dos dois. Cortando os carros na avenida principal de Seuol, o socorrista fazia massagem cardíaca em Kibum para acordá-lo. Sem nenhum estímulo nos procedimentos, os batimentos do loiro foram diminuindo gradativamente, um dos homens pegou o desfibrilador e pressionou no tórax do jovem que pulou com o choque recebido, assim fazendo o coração voltar a pulsar normalmente, mas sem resultado de Key acordar.

Com Jonghyun fora mais grave, os socorristas notaram mais sangramentos pelo corpo do moreno e o inchaço aumentando em seu peito, acompanhado de uma coloração roxa no lugar. Envolvido coma máscara de oxigênio, os homens de branco acompanhavam sua pressão arterial, que não estava regular.

Em minutos, os carros com os acidentados paravam na porta do hospital e as macas foram retiradas cuidadosamente, a preocupação maior que com o jovem mais velho que apresentava um quadro com costelas quebradas, se isso fosse confirmado, poderiam ocorrer problemas futuros. Tomografias e raio x dos corpos inconscientes foram tiradas para saber a gravidade da situação dos dois. E a suspeita se confirmara, Jonghyun havia fraturado cinco costelas, sendo que duas perfuraram seu pulmão direito e sangue era direcionado para os furos feitos pelos ossos quebrados.

Com Kibum fora mais preocupante com cortes em seu rosto, mas nada que saísse do controle, luxações evidentes estavam espalhadas pelo seu corpo, o loiro foi deixado em repouso absoluto em um quarto e sua família foi comunicada sobre o acidente do filho.

Enquanto um dos amigos estava bem, a situação do outro era bastante grave, passava por uma cirurgia de emergência. Para salvar a vida do moreno os cirurgiões deram uma dose de sedativo para precaver caso ele acordasse e começaram a cirurgia de risco.

Abriram o peito de Jonghyun e extraíram os ossos quebraram e colocaram nos lugares que deveram estar, no meio das longas horas que estiveram em volta do corpo adormecido, o moreno teve uma parada cardiorrespiratória, vendo o quadro complicado e delicado da saúde do paciente. Os médicos decidem abrir e pôr um tubo respiratório em sua traqueia.

Foram quatro horas de cirurgia intensiva para salvar Jonghyun. Seus batimentos oscilavam, no meio de toda a operação, perdeu muito sangue, as sequelas ficariam para sempre no moreno.

Durante o tempo que seu melhor amigo ficou na sala de cirurgia, Key acordou atordoado e com fortes dores na cabeça, ao abrir os olhos lentamente, viu uma enfermeira com uma planilha em mãos analisando atentamente a situação do loiro. Kibum mexeu-se tentando se levantar da maca.

_Calma ai garotão, vou te dar um medicamento e aconselho você a ficar deitado.

Kim Kibum não acreditava no que aconteceu. Suas pernas doíam. Procurava por alguém em especial, mas não o achava. Ao pronunciar o nome do amigo, a mulher de jaleco branco ficou sem saber o que dizer, pediu um momento e saiu do quarto. Key esperava pelo pior, sem mover-se da cama, chorou silencioso como fosse uma criança que perdera se brinquedo favorito. Um plantonista bateu na porta pedindo licença para entrar, o jovem concedeu e percebeu no olhar do homem que algo estava errado.

Ao explicar como seria a vida de Jonghyun depois do acidente, Kibum entrou em desespero, queria ver o amigo a todo custo, mas foi impedido pelo médico. Gritou mandando o homem levá-lo até o amigo. Fazendo um acordo, falou que o loiro só poderia vê-lo no dia seguinte, sem ver muitas vantagens, Key concordou.

Sua noite foi conturbada e aterrorizadora, ao longo dela teve leves cochilos, acordava constantemente e colocava sua mão enfaixada no peito e sentia suas pulsações rápidas, levantava de seu repouso e ficava de bruços no para peito da janela e observava a cidade iluminada com os outdoors com suas propagandas, às buzinas dos carros ecoavam em sua mente provocando angustia e lágrimas.

O relógio do quarto só ajudava o tempo passar mais lento, o tic tac martelava a cabeça do jovem que olhava os ponteiros do mesmo andar devagar. Abria a porta e colocava metade do corpo para fora, mas voltava em sua decisão de procurar o moreno. Na última tentativa foi dispersos do transe de sair por um objeto que vibrava em cima cômoda. A tela do celular estava acesa indicava que recebera uma mensagem.

Filho, estamos indo para o hospital amanhã cedo.

Respondeu com um agradecimento e sentou na cama, balançando as pernas, ergueu os braços se espreguiçando. Voltou à posição de repouso e fechou os olhos, respirou fundo e acabou dormindo, e pela primeira vez na noite, tivera paz e tranquilidade.

 

*Dream ON*

O pequeno Kibum olhava para fora da casa tristonho com o tempo ruim que o impedia de sair e ir ao clube com as outras crianças, a chuva caia incessantemente fazendo enraivecer a criança de cabelos negros e brilhantes a querer descontar na primeira coisa que visse, por azar foi seu vídeo game precioso. Tacou-o na parede e esperneou querendo sair.

Sua campainha tocara e o berreiro parava instantaneamente, a criança corria para atender a visita com um sorriso em seu rosto. Abrindo a porta, deparava-se com uma mulher e outra criança ao seu lado, um garotinho infeliz e cabisbaixo.

Segurou na mão do menino e puxou-o convidando para brincar consigo, mas inesperadamente ele recusou.

_Não posso mais brincar com você Key, me desculpe.

 *Dream OFF*

 

O sol interrompia o sono do loiro que tentava construir uma barreira contra os raios que atravessavam o vidro da janela e iam diretamente a seu rosto, sem pestanejar, despertou do sono de mais de dez horas, bocejou e fitou o relógio que marcava que já era onze e meia da manhã.

A enfermeira que ia checar a saúde de Kibum entrava de meia em meia hora para ver se estava tudo bem e se alguma sequela estava manifestando no jovem que piscou os olhos diversas vezes ao fitar a senhora com o termômetro na mão e a planilha.

Dizendo que estava tudo bem, foi obrigado a fazer os procedimentos padrões novamente. Ao perguntar sobre o amigo, a mesma atitude foi feita pela enfermeira de chamar o médico, era o homem que tinha conversado no dia anterior, com o mesmo pedido, foi levado ao quarto do moreno.

O plantonista abriu a porta para o loiro entrar, a cena que vira chocou-o por completo, seu melhor amigo estava entubado e respirava com ajuda de aparelhos, seus batimentos estavam fracos e os ferimentos tinham sidos tampados para não ficarem expostos e contraírem uma infecção. Vendo o estado emocional do menor, o médico achou melhor deixá-lo com o enfermo. Kibum aproximou-se do amigo e olhou cada parte de seu corpo reagindo lentamente.

Sentou-se ao lado de Jonghyun segurou em sua mão direita, não queria acreditar no que via, era muito cruel saber que seu amigo estava vegetando em cima de uma cama. Pegou sua ficha médica e abismado leu “Tetraplegia”.

Chorou quieto, queria seu amigo de volta, rindo, feliz como antes de acontecer tudo. Se soubesse que podia ter algo para curá-lo, seria capaz de levá-lo a qualquer parte do mundo para ajudá-lo, pois mais que tudo, Jonghyun precisava da ajuda de Kibum e ele não recusaria o que Jong precisasse.

_Jjong... – pela primeira vez ao entrar aquele quarto, uma lágrima fui derrubada. – Acorde, por favor. – segurava firme a mão do amigo.

Deitou a cabeça no ombro do amigo e tomou-se em um prato inconsolável, parecia uma mãe chorando ao ouvir que o filho a odiava. Apertava a mão do moreno, soluçava tentando controlar suas lágrimas.

_Key... – pronunciava fraco o nome do loiro.

O mais novo olhou o rosto do moreno tentando esboçar alguma expressão, sem sucesso, tentava abrir os olhos mais não era forte suficiente para fazer tal coisa. Chamando o amigo, Kibum dizia repetidas vezes “Jjong”.

_Não chore mais, você sabe que estarei sempre com você, esse anel no meu não me faz mentir. Você é meu irmão e sempre será. Tomarei contra de você por toda a minha vida. Eu... Te... Amo... - O som do aparelho que estava medindo a frequência do coração de Jonghyun apitava, indicando que o moreno não estava mais entre nós.

_Jjong!!! – Kibum gritou com toda sua força.

Os médicos e enfermeiras entravam correndo no quarto prestando os socorros necessários e afastaram o loiro do corpo sem vida do melhor amigo. Key não queria sair de perto do moreno, gritava o nome do mais velho e tentava libertar-se dos enfermeiros que faziam uma barreira para o jovem não chegar perto da maca. Kibum vira o amigo perder a vida diante de seus olhos, uma cena que ficaria em sua mente para o resto da vida.

Passou-se um dia até a despedida final de Key, todos os parentes se encontravam reunidos entrono do caixão de madeira marrom brilhante, assim como era o sorriso de alegria do ocupante. Kibum foi o último a chegar ao enterro do amigo, não suportava a ideia de ir ao lugar e resistia a ir, não queria.

Jonghyun está lá, o meu Jjong.

Desceu do carro, caminhou vestido todo de preto no verdadeiro luto. Seus passos eram moderados, viu a madeira reluzente de longe e engoliu seca a saliva que restava na garganta e adentrou no grande salão onde Jonghyun dormia serenamente.

Key tirou os óculos do rosto e o apoio no meu da cola da camisa negra. Passou a mão sobre o moreno e cerrou o punho, suspirou e fechou os olhos por um momento. Sentiu uma mão em seu ombro e virou-se para ver a pessoa.

Não havia ninguém.

Acompanhando o caixão até o túmulo, andou devagar se lembrando dos momentos vividos ao lado do rapaz, todos aqueles momentos bons que sorriam e ficavam juntos. Olhando os movimentos feitos para depositar a madeira onde passaria o resto dos seus dias, Kibum derramou uma única lágrima e juro ao amigo que nunca mais chocaria novamente.

Tchau Jjong, você não morrerá enquanto eu me lembrar de você, estará vivo em minhas lembranças. Eu te amo, meu amigo”.

The End


Notas Finais


O que acharam? Me digam, é importante saber o que pensam!
Críticas? Elogios? Duvidas? Sugestões? Digam!
Até uma próxima! o/


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