LuizaPolidoro

Já era quase meia noite, isso se já não fosse. A lua estava em pino, o que me deixava em alerta.
Eu tenho que encontrar aquele lobo, as mortes pelos filhos da lua tinham que acabar, ou ele e seu clã iriam queimar sem clemencia no inferno.
Pé ante pé eu adentrava na floresta, atenta a qualquer som que eu pudesse distinguir. Haviam corujas piando em cada árvore, e foi quando todas elas pararam ao som de um rosnar, que eu tive certeza. Ele estava ali. Ele estava me observando.
Eu não devia temer um lobisomem, mas eu estava sozinha e com minhas asas rasgadas, eu corria grande chances de sair ferida seriamente.
O corpo dele estava a sombra de uma árvore, eu podia ver o brilho de seu olhar azul, penetrar fundo meu rosto. Eu não via a cor de seus pelos, nem se ele estava com as garras afiadas, mas eu via perfeitamente sua silhueta. Ele devia ter seus dois metros, o que me intimidou de certa forma. Ele era um lobisomem. Ele é um monstro. Eu sou um monstro.

A vida é curta pra nos prendermos nos detalhes. É apenas mais uma história de amor, mas porque ela não pode se tornar inesquecivel?